Wednesday, 29 May 2013

Primeiro Livro - A Cura da Esquizofrenia (Capítulo 1 de 21)


Ler um Capítulo por noite, depois das 21 Horas, lendo 3 vezes cada Capítulo das seguintes formas:

1ª Forma: Em voz alta.

2ª Forma: Segredando.

3ª Forma: Lendo para Dentro.

À frente da Pessoa que procede à Cura, a qual deve estar de pernas descruzadas e braços descruzados, devem estar 3 pequenas Velas, postas para que aparentem formar um pequeno Triângulo e, no Centro deste Triângulo, deve estar uma pedra de Âmbar que a Pessoa que procede à Cura tenha adquirido ela mesma.

Depois da Pessoa que procede à Cura ter acabado de ler o Capítulo das 3 diferentes formas, ela não deve apagar as Velas. Em vez disso, ela deve deixar que as Velas ardam até ao fim, acabando por se extinguirem por si próprias. A Pessoa que procede à Cura não precisa de esperar que a Chama das Velas se extinga, podendo ir descansar. É imperativo que a Pessoa que procede à Cura vá descansar depois da leitura de cada Capítulo.

A Pessoa que procede à Cura, enquanto o tratamento durar, passará por diferentes estados de espírito, sensações e experiências que lhe parecerão estranhas ou pouco agradáveis mas ela não deve preocupar-se com tais estados de espírito, sensações (dor/prazer) e experiências visto que todas estas coisas, para além de serem meramente passageiras, são uma consequência da energia de Cura estar a fluir através do seu Ser, desbloqueando os bloqueios de energia que originaram a doença em si. Este desbloqueio dar-se-á maioritariamente durante a noite, enquanto a Pessoa que procede à Cura descansa, sendo notado um alívio significante na manhã seguinte.

Quando os 21 dias de Cura terminam a Pessoa que procede à Cura estará completamente curada e deverá carregar sempre consigo a pedra de Âmbar que conservou entre as Velas durantes as 21 noites. A pedra não deverá ser retirada do local onde é pousada (entre as 3 Velas) até o tratamento estar completo, sendo as Velas mudadas a cada noite.

Algumas palavras parecerão difíceis de ser ditas à primeira vez. A Pessoa que procede à Cura não deve preocupar-se em relação a ter lido mal uma palavra, bastando-lhe que repita a mesma palavra, as vezes que forem precisas, até a conseguir ler em condições, não havendo a necessidade de recomeçar a ler desde o último ponto final.

Outra questão importante é a da medicação química que a Pessoa que procede à Cura estará provavelmente a tomar para controlar a doença. Se a Pessoa que procede à Cura estiver reticente em relação a deixar de tomar a medicação, ela não deverá deixar de a tomar até se sentir pronta para o fazer. De qualquer maneira, a ação mais harmoniosa a ser tomada, é a da Pessoa que procede à Cura começar a fazer o desmame da medicação à medida que as sessões de Cura avançam e ela se começar a sentir mais tranquila consigo mesma e com o Mundo.

 

 

I

 

 

Ari-Ambar.

Curti Puni.

Falissufi, garnadara.

Filifocutete.

Rarimanifaça.

Purli também ruri canifassi.

Farficosautiti.

Tchaquinaforuso.

Alí.

Cuci tambim fóri.

Ali ambar curti.

Puri fisso bláqui.

Fófitáquimáta.

Pori ambar faqui.

Fuditaquiniqui.

ambar duni, cháquitafa.

 

Furficafituni, jáquimáfisáti.

Charchi-fo-fi-tu-qui…

Ali âmbar curti.

Fáfidáquitutu.

Âmbar lift, duni quini.

Fófi-tá-qui-ni-ta, fafisáfitotu.
 
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Sunday, 14 April 2013

...



Não existe Liberdade.
Existe o impulso.
Não existe individualidade.
Existe o impulso.
Não existe profundidade.
Existe o impulso.
Não existe superficialidade.
Existe o impulso.
Não existe bem.
Existe o impulso.
Não existe mal.
Existe o impulso.
Não existe o querer fazer bem.
Existe o impulso.
Não existe o querer fazer mal.
Existe o impulso.
E se o impulso existe,
Deixá-lo existir…
Se o impulso persiste
Algo está para vir…
E se impulso existe,
Deixá-lo prosseguir…
Ainda que não me caiba deixar,
Prefiro existir…
Ainda que não me caiba preferir,
Vejo o impulso demonstrar
Aquilo que tem de ser
Para tudo poder prosseguir…
Sem que nada se fique por dar.

E o espaço que fica em vazio
É o balançar do impulso

Saturday, 16 February 2013

Em Lisboa


Às quinze horas, numa Terça-Feira de Verão, estavam duas pessoas à janela de um prédio alto perto do largo Marques de Pombal, em Lisboa. Uma delas dizia à outra que tudo estava a acontecer ao mesmo tempo, olhando o movimento no largo com uma expressão vaga, ao que a outra respondia que nada estava acontecendo. Uma pomba, vindo a esvoaçar de um sítio incerto pousa num poste ali perto e larga uma caganita que vai aterrar em cheio no blazer de um homem de negócios que passa lá em baixo, na rua. "Vês", diz uma das pessoas, à janela, reparando naquela situação, "tudo está a acontecer ao mesmo tempo!", com um ar iluminado na cara. "Não", responde a outra que tambem tinha reparado no que sucedera, "aquilo não é nada!!", "acontece a toda a hora em Lisboa...!". Aborrecida, a outra, faz um ar franzino para o ar e olha para o outro lado. "Nada está acontecendo...", "que tédio...". Tudo estava a acontecer ao mesmo tempo e nada estava acontecendo. As pessoas à janela eram uma´e a mesma mas uma decide retirar-se para dentro para preparar um chá de camomila para beberem à mesa enquanto a outra se deixa ficar à janela, naquela tarde solarenta, a olhar o movimento do largo. "O chá está pronto!". Ninguém ouve nada. Os carros continuam a contornar a rotunda, os pombos continuam ora a voar ora a empoleirar-se em objetos aleatórios e uma voz dentro da cabeça da pessoa parece dizer, num tom de nebulina: o chá está pronto!
Nisto a pessoa à janela olha para a sala de estar e vê-se a si mesma ali sentada à espera de que o chá arrefeça para se servir. É então que repara que há duas chávenas, dois pires e duas colheres na mesa. Pergunta-se por quem esperará ela visto estar sozinha em casa desde manhã. Mas, ao perguntar-se isto, nenhuma voz se ouve dentro da sua cabeça. Pergunta-se isto apenas com os sentidos e sente-se feliz, naquela Terça-Feira de Verão porque tudo está a acontecer ao mesmo tempo e nada está acontecendo.

Wednesday, 23 January 2013


Aceitação

 

Pelas minhas raízes vem-me a ideia de que toda a ideia funcional para que a humanidade transforme a sua consciência, parte de um qualquer paradoxo. Sendo assim, eventualmente, a aceitação de todas as coisas, tal qual elas são, seria o motor de transformação desta humanidade atual numa humanidade harmoniosa. - A aceitação da guerra, a aceitação da desarmonia, a aceitação da injustiça, a aceitação da falsidade, a aceitação da educação castradora, etc. – será essa a alavanca? Puxaremos nós a alavanca para que a cabina deficiente desta carruagem se descole e se perca no indefinido, aceitando? Não o sei. Consideremos que seja essa a resposta, ainda assim. Quão difícil é aceitar a fraqueza, a dor, a rejeição, a subjetividade universal, sendo que é essa dificuldade astronómica que me empurra o espírito em busca de respostas. Deparo-me com uma contradição ridícula – ridícula ao estilo do universo que ora é ora não é, ao estilo de tudo o que existia há pouco e que agora já não existe. Tudo isto é ridículo – assim – porquê e para quê preocupar-me?

Ainda assim, nem tudo é ridículo, pois não consigo considerar coisas como o crime e a corrupção ridículas, porque me atormentam o espirito. Será a tormenta uma pista? Não! Raios! Isso é aquilo a que se tem recorrido ao longo de toda a história desta falha humanidade – subjugação daquele que se encontra só, fraco, vulnerável, pelo coletivo, através da tormenta - atormentando um espirito que, como qualquer outro, procura ser livre. Neste momento pergunto-me: Haverá, neste universo, algum Ser que, sentindo-se preso a algo, não tenha a simples e natural pretensão de se tornar livre (nem que essa vontade esteja bem enterrada no fundo do seu Ser)? Se tal Ser existir ele já pratica a aceitação, de uma forma inata e, portanto, não nos preocupemos com este hipotético Ser, para já. – Todo o Ser está, em todo caso, preso a algo, preso a si mesmo. Neste ponto dá-me um certo prazer entender que a aceitação significaria a libertação de todos os desejos do indivíduo, ainda que fosse uma libertação gradual, - a libertação de todos os desejos do Ser que acredita existir (mas acreditar existir não levará a desejar?).

As pessoas estão cansadas de acreditar.

A dificuldade para com a prática da aceitação é o principal obstáculo (o único?) com que me deparo. Se é, para mim, tão difícil aceitar certas coisas (mas ninguém disse que era fácil!) – eu que pretendo, acima de tudo, mudar a consciência da humanidade inteira (gradualmente) – como será possível essa aceitação no seio consciente de quem não quer mudar coisa nenhuma (e haverá algum ser assim neste mundo?). Volto à mesmíssima questão irrespondível. Acredito que existe muita gente por aí que mesmo sentindo-se presa não pretende mudar seja o que for, ou seja, essa gente, que está conformada, aceita aquilo que lhe é imposto por terceiros. Neste caso, trata-se de aceitação, ainda que em subjugação, ninguém o pode negar. Esta gente aceita ser um pau mandado. – E mesmo que não fosse um pau mandado de outra pessoa ou grupo, seria, de qualquer das formas, um pau mandado do Universo como, de resto, todos o somos de uma forma inconsciente. Nada mais a dizer em relação a esta gente, falando dela como de um grupo à parte.

O verdadeiro sábio é aquele que praticou a aceitação durante toda a sua vida – a sua grande batalha foi a prática paciente da aceitação. Só ele pode reconhecer o irreconhecível por ter praticado aquilo que, humanamente, parece impossível. – Uma profunda aceitação de tudo o que o rodeia e o move, até que ele sinta dor – aí, a aceitação atinge o seu nível máximo – aí, podemos compreender que a sua aceitação é imparcial, que partiu da sua essência (pensemos apenas sobre isso, visto que não nos é permitido sentir a Sua dor).

Uma constante repetição deste processo de aceitação, ora aceitando ora reparando que caímos no hábito de não aceitar determinada coisa e passando, de seguida, à aceitação do que sucedeu, isto é, do vício da reação, levará as diferentes camadas do Ser a entrarem em harmonia, pois a nossa essência começa a aceitar esta nova forma de estar, esta nova realidade. Quanta mais dor for sentida, maior e mais profunda será a transformação a ocorrer nesse determinado momento e, como tudo o que desce sobe e tudo o que vai, vem, devido a Leis Universais, o prazer chegará mais inteiro também – mais inteiro do que chegava quando a aceitação não era praticada por inteiro e conscientemente -, a seu tempo.

Há que ser o mais perseverante possível para que a derradeira transformação ocorra em nós. Por muito que se queira ser transformado rápida e imediatamente, esta transformação é, obrigatoriamente – é o universo que a comanda e induz, sempre no seu passo indefinido – gradual. Relembro que, só se a vontade de mudança for imparcial é que esta transformação é possível. Tem de haver, também, uma compreensão intima sobre a natureza deste processo para que ele se dê deveras. É o trabalho de toda uma vida, mas os frutos serão mais docinhos, e mais reais, desta vez, nas apanhas que seguirem este processo e a apanha será feita de rabo, e não de cabeça, para o ar (deixemo-los cair da árvore da nossa vida, no chão da nossa consciência).

Isto não é uma promessa, mas antes uma descrição daquilo que, afinal, não sei se existe ou não. Terei de ser eu a experimentar – arriscar a vida, pela via da fome do espirito, até que os frutos caiam, madurinhos, na minha consciência macia.

Saturday, 22 January 2011

Façamos pouco da vida,
Antes que ela dê de caras com
Essa seriedade toda
Que nos é conhecida
E comece ela
A fazer pouco de nós !
Anda o homem a viver
Como se estivesse a cumprir
Uma pena cinzenta a arder!
Desliguem os interruptores !!
Furem os pneus !!
Parem os aspiradores !
Espirrem a ranhoca contra os céus
Façam bolos de pão de Ló !!
Mostrem a tais almas fardadas
Que a linha da vida é demasiado
Fininha para dar um nó !

Saturday, 8 January 2011

Qual é o sentido da vida?
Acho que se houver um sentido
Tudo perde o sentido...
Se o destino da viagem for Fornos de Algodres
A viagem é só uma consequência,
Se o destino for Desconhecido,
Como tem sido até agora,
A viagem é a existência
Com toda a sua potência!

Os sinos da Igreja

Os sinos da Igreja dão
As suas badaladas gigantescas,
Os cães ladram algures
E o eco bate nas paredes,
As pessoas passam umas
Pelas outras e sentem medo
Da verdade com que as pernas andam.
Sinto o desconforto das pessoas
Ao ouvir os sons do mundo
Mas deixo o desconforto passar
Como as águas que embatem nas rochas
E passam para o outro lado do pontão,
O som é infinito, o desconforto não.

E ainda ouço as pessoas a fazer elogios
Umas às outras com a esperança de que elas
Façam mais coisas boas como as que têm feito,
Sem perceber que isso só as atrapalha,
Só as coisas que acontecem naturalmente deixam
Um ar da sua graça no ar.
Quando andarem a fazer mais coisas boas vão
Tentar fazê-las ainda melhor e para as melhorar
Têm de pensar sobre o que é que nas suas coisas
Aos outros agradou.
Enervadas porque nenhuma das suas novas obras
O comprador levou.
"Demasiado forçadas." pensou.
Forçadas como tudo o que tem causado
Desconforto nas pessoas.
Se não houver o conforto mínimo
Pouco mais haverá, sem a comunhão sagrada
Dos sentidos estamos largados ao famoso "Deus Dará".
Quanto mais actuamos mais nos vamos distanciando
Da ilusão que é a realidade deste império quer
Queiramos quer não...

Um dia tudo se desmontou à frente das nossas barbas
E acreditámos nunca ter isto tido uma razão de ser sincera.
Uma razão de ser.
É agora que tudo volta a ter sentido
Que devemos parar e ver
Aquilo que de uma maneira ou de outra
Se pode utilizar para que todos voltemos a viver.
Não há trocadilhos aqui
Que só uns possam entender,
Tudo se mostra nú e cru quando há necessidade
De se ver.
Aquilo que não necessita de ser visto é o que puxa
Mais o olhar,
Mas apenas por ser o menos entendido e por nos
Querermos realçar.
Um escorrega pouco escorregadio
No espaço dos nossos sentidos,
Um olhar de vagabundo
Por entre olhares de entendidos;
Não há nada de espantoso em que reparar
Quando não sabemos de que é feito o universo inteiro,
É esta ansiedade inocente que necessita de mais dinheiro,
Para comprar algo de valor
Temos a nossa vontade e calor
Temos andado a procurar
Tesouros em buracos por escavar;
Não procuro entendimento sobre aquilo que é dito,
Tudo é solto pela mesma razão:
A alma singela é levada a cometer um delito.
Sem culpas a apontar,
Sem peças cruciais para forjar,
Temos andado num caminho
Que é eternamente quentinho
E não temos sentido necessidade de chegar a lado algum,
Não temos aquele receio que excita todo
O homem que venera - o homem comum.

A degradação inicia-se sempre nas fileiras da frente,
Dando tempo às de trás que recuem eternamente
Chegando a tocar D. Sebastião
Já sem força nem vontade
Mas como volante de união,
É guiado na derradeira direcção.
O tempo em que a dúvida dura
Libertou-se do seu antigo manto
Que agora sente de mais perto
A ranhura da fechadura
Da porta que se abriu
Desencadeando um emprego santo;

Mundo, curador das doenças de toda gente,
Alarga o teu rodopiar pesado e cala toda esta
Sociedade que quando não quer falar mente;
Impõe o teu respeito sobre a dor de quem
Não o tem, leva daqui os que não querem colaborar
E por isso não deixam colaborar ninguém;
Em dias de sol filtrado e pássaros a cantar do nosso lado,
Que temos nós para implicar...
Leva embora os ideais Oh Mundo,
Torna o indivíduo, com o arrastar das tuas águas,
Num ser fecundo;
Temos tudo o que é preciso,
Tudo à prova de tudo,
Que não se deixe passar a oportunidade que temos
De falar como o deixa o mudo;
Erguerei dentro de mim aquilo que tiver de ser
Para não erguer a cabeça se por acaso não me apetecer,
Não preciso olhar em frente para saber aquilo
Que é preciso fazer-se,
Ao nos erguermos dentro de nós com calma,
Quando menos esperarmos,
Com alma,
Está o império todo a erguer-se;
Nada mais estará, então, a acontecer...
Apenas o levantar de Portugal
Que acabou por adormecer,
O seu despertar pelo planeta Terra,
Que se continua a desenvolver;
Ouvimos já o cântico líquido do seu crescer...
Esta melodia mais suave que se torna mais fácil
De absorver.