Dou pulinhos redondos de prazer,
por entre estas folhas, sem escrever;
Corro por aqui, sem fim, até que me
deito numa linha, sem peso;
Acabo por me deitar sempre no meio
da linha, mesmo que me deite depois desta
margem consoladora, acabo por me deitar
sempre no meio; mesmo de modo a que fechem
este caderno depressa e eu aqui fique, escrito dentro...
Tudo pode acontecer, mas eu nunca vou escorregar
do meio da linha, porque é aqui que estou.
Vou ficar a sonhar parado, sempre no meio, por
continuar sem saber que início hei de escolher para
ser o fim e a que fim hei de dar o nome de início;
Fico-me por aqui então,
a meio do poema tambem.
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1 comment:
HAHA muito bom!
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