Saturday, 27 October 2007

argamassa

sasca o cismo,
casca com forca dentro do solido.
dentro da terra, doi por dentro
onde so doi o que doi; sasca o
cismo em tom de castigo como
quem chama por mais e que por
isso nao chama os demais.

solta o cismo a sua vontade,
como que nao pudesse ser a
vontade de outrem. solta o
cismo os berros de medo por
se sentir na terra mae;
mae de quem?

aos olhos dela nada ve e ela
nem o sente. ja mais alem,
alguem jaz, como se de um plano
se tratasse.

ha fugaz a mente que o trace.
ha fugaz a mente que o cubra
de vestes ate aos pes para que so
os joelhos se possam notar. mas nem
isso. so la vai, porque jamais se sente em
paz, o pobre rapaz, que alguem me lembra,
quando penso que o cismo sasca.

T

astes me poes,
astes me tiras ao por.
sem saber, tiras e poes como
quem se infiltra com o corpo
dormente. mas ja nao as sinto,
nem quando axo que mas poes.

sai da janela da aste um tiro direitinho
ao ceu, que quando la chega, olha
em volta e so ve as paredes do quarto da
aste.

astes me tiras
astes me poes ao tirar,
ao reparares, eu nao.
astes que me desiquilibram, mas
que a ti equilibram ainda mais do que
quando nao te apoias nelas. e janelas.

o

cabisbaixo me acordo,
cabisbaixo nao chego.
cabisbaixo nao vejo a arte da artimanha,
mas digo que nao a tenho por nao querer;
que se quisesse a tinha sem a perder.
mas nao. ando cabisbaixo, so a dizer.

o

agora ali, aqui fui eu
antes de chegar a uma conclusao,
disse o que me vinha com toda a
tesao. sai e fui mas nao voltei para
partilhar. sai e nao vi a porta por onde entrar.
mas la fui e ja ca estou, fora disto. onde
estarei, nao sei; nao sei quando nem onde,
mas sei que nao falharei em la estar.

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