Oh!Oh!!
alguem me viu?
alguem me viu passar?
alguem me viu fazer palhaçadas,
sem me lembrar do que isso
possa ser? alguem me viu ser,
por ai?
se sim, vao ao meu encontro e
sussurrem-me ao ouvido para
vir ter comigo aqui.
()
passa um ventinho deslizante,
enquanto no estendal, a roupa
abana. vejo-o com os olhos que
pensava serem meus, por isso
ninguem mo pode negar.
o que se pode negar é
que a roupa abana so quando
o vento passa sem poder abanar
quando bem lhe apetece...e que
os olhos sao meus e nao cada um de si.
_
diz me um amigo meu
que esta flor e linda,
mas entao nao percebo.
nao sei o que é linda,
sei sim que esta flor é
porque me posso sentir com
ela. todas as coisas que podem
ser ligadas a ela deixam de poder,
quando olho para esta flor e sinto
que ela é mesmo so esta flor.
~
o candeeiro da minha sala
quer falar comigo. eu nao o
consigo ouvir mas sinto um
barulho estridente e simultaneamente
sufucado, que me acorda para
o facto de que a sala nao pode ser minha
e que o candeeiro nao pode ter como
dona, a sala.
agora consigo rir-me com ele e
ele comigo por ter percebido
que aquilo de que estava eu convicto,
era uma aldrabice.
Ele diz-me que falar com ele,
faz com que a dona dele se chateie e
me mande daqui para fora.
*
isto é para as pessoas.
dirijo isto aqueles que
fazem planos sobre o
que nem a si proprio se planeia;
aqueles que sentem desilusao
por nao estar a acontecer,
como por eles planeado.
eu respondo-me ao perguntar-me:
como pode haver algo mais para alem
daquilo que é, se entre o que é e o
que ainda esta para ser, nao ha espaco
nem para um ponto viver?
por isso nao planeiem, porque isso é nao ser.
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