- Combinei ir tomar um café
- com a Indirecta, que conheci
- no liceu, há alguns anos.
- Combinámos num sítio
- que não o do costume, só
- para parecer diferente; não
- combinámos nenhuma hora....
- Quem chegasse primeiro
- esperava pelo outro...
Cheguei ao café e fiquei lá à espera dela horas e horas e horas e horas e horas e horas e....
Mas porquê ser tudo tão óbvio?...a indirecta também me perguntou isso....e eu respondi :
- Ficou o café combinado por
- quem se lembrasse; que não
- fui eu...a essa hora devia eu de me estar a tentar
- enquadrar no redondo ou
- simplesmente a tomar um
- café sem ser no sítio que não era o do costume;
- andasse a Indirecta à minha
- procura que me iria encontrar certamente.
- Eu não sei onde estava, por isso
- o combinado é falso; combina-se
- e descombina-se o café que fica
- por ser bebido, ao ser combinado
- e que pode ser bebido finalmente, quando
- se descombina; as vezes que pensei
- ir beber um cafézinho com alguém,
- foram as vezes em que o deixei
- na chávena, sem que começasse a arrefecer...
- Por isso se alguma vez beber um café contigo,
- Indirecta, vai ter de ser sem querer;
- para que possas entorná-lo a ferver sobre
- o teu preconceito e para que eu te possa
- ver derreter sem pormenor...
- Porque tudo é muito óbvio!Repara!
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