Thursday, 29 November 2007

Tento desviar-me da
chuvinha molha-pessoas
da divina realidade e consigo.
Vou a esqueirar-me, a correr
em direcção à piscina...

Páásss!!

Mesmo de chapa!!...vem a dôr;
ela enche a minha existência;
Faço amonas na minha cabeça
peluda e engulo perdigotos da
água da chuva, que era divina
mas que chegou à piscina e estagnou...
Que agua diferente é esta?... faz-me sentir
dormente do estômago até ao estômago do cérebro.

Nado de costas na piscina, pois
dói-me o peito, naquela parte;
Esta piscina é tudo para mim...
aqui onde já não nadam os peixes
que aqui não choravam, quando
eram vivos de corpo; eu continuo a nadar...
Sinto-me útil a dar atenção
a cada gota da água divina que enche
o meu tanque.

Chove de cima e eu morro...
fica este corpo a boiar à tona
d'água de uma forma leve,
sem ser como uma boia
e sem saber de que bóia em concreto se
trataria ao dizer bóia.

Ficou a boiar de morte
na piscina vazia, como
uma bóia daquelas cor de laranja,
numa água fluvial em especial, estando ali
sem o pretexto de prender um barco
que já tenha partido para um porto
não próximo.

No comments: