Sei que digo sim com a cabeça
por gritar não por dentro;
Fujo da realidede mas eu
é que quero ir a correr agarrá-la.
Dias passam por mim e
nem me falam, por eu achar
que ainda não nos conhecemos
suficientemente bem para nos falarmos
como duas pessoas conhecidas;
quando o dia passa por mim,
apresso-me nos pés a
olhar para o outro lado da via.
Quem é que me quer falar?
De quem me lembro eu?...
Quem sou eu no meio destas
pessoas, tão certas de quem são?
Quando só me quero esquecer
do ninguém e calar-me com
ele sobre as coisas...
Aparece do inexistente uma
imagem que eu vejo por reflexo
da luz que não há e me conta isso
mostrando-me essa imagem disforme.
A imagem não corre atrás de ninguém
nem diz que sim nem que são, com a
cabeça.A "imagem" não é de todo o nome
ideal; o nome ideal é isto:
Pois nada faz, seu único propósito é
ser aquela imagem que não apareceu nunca.
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