Somos todos como que
formigas aqui,
encontro-me a mim
como uma com asas,
que consegue levantar
voo, mas que não se
sabe equilibrar;
descendo a pique e
acabando por ir parar em
cima das coisas....
fazendo as suas primeiras
tentativas e dando-se conta
do tipo de meio que o ar é....
...espontâneo e tão novo que ainda não se vê!
No ar é preciso não ter
cuidado; é preciso não nos
preparar-mos para contornar
obstáculos, como em
firme land...No ar ouvimos
logo o que os pássaros nos dizem:
- Salta antes de pensar...
antes que a mentha abra a
bouca para divagar:
- Pensa antes de saltar!!
...divirto-me a observar o ar,
agora que não vejo um
pouco de land; que para isso
ja me basta as vezes que me
ando a chafurdar lá em baixo,
nos esgotos...
Lá em baixo faz eco,
nao ouço bem;
lá parece-me estar escuro;
da-me água fria pelos joelhos e
esta constipação cinzenta que
não deixa de me mudar as cores;
cura para isto so lá nas farmácias
de cima há e por isso mesmo, eu vou lá;
vou lá acima comprar remédio
para a gripe e compro também
mais qualquer coisa, para que
me recorde com um fresquinho na garganta
que já la fui acima....quando estiver cá em baixo constipado;
E para que esta poeira que sinto nas
narinas ja se tenha ido embora,
quando estiver a voltar.
A maravilha das maravilhas é que
eles lá em cima nao usam dinheiro,
é tudo de si mesmo, até porque se
usassem, nem sentido fazia eu lá ir...
...pois as moedas que aqui fui encontrando e
metendo na algibeira, agora são coisas que
não moedas; sem que jamais se consiga
descobrir qual o valor que alguém lhe pensou
conceder... sendo agora vez do esgoto lhe conceder algo;
sem nada disponivel, para conceder,
deixando a moeda em si, até ao ultimo pormenor.
So existe um valor que muda...
seja no céu, no solo ou aqui em baixo....
so um muda e so muda para um;
é esse o valor espontâneo da moeda,
que so a formiga perdeu, para que
a comum moeda passasse a parecer ter
um valor específico e para que deixasse
de poder ser so uma coisa que existe...
Lá em cima é tudo de borla,
como nunca deixou de ser,
na terra onde não existem
trabalhadores nem patrões,
que possam mandar em si mesmos, onde
uma moeda é tão bela como o riacho
que desce lá pelo meio da minha terra....
Lá por ela, sossegadinha....
Lá naquele cantinho por usar ainda...
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