Tuesday 30 October 2007

IF YOU KNOW WHO YOU ARE RING ME ON: 07735791225
SE SOUBERES QUEM ES TELEFONA ME : 07735791225
URGENTE!!!

Sunday 28 October 2007

impurezas

saiu para entrar

para fora de tudo

aquilo que nao sou.

como aquela arvore

que nao quer ser mais

nada para alem do que sente.

como ela mesma que nem pensa,

para ela que nao precisa de mais nada

por nao saber o que e ter algo.



penso eu que quero

ser como aquela arvore,

para nao me ter de apressar

sobre mim quando alguem passa;

alguem a quem e suposto dizer

alguma coisa, alguem a quem e

suposto fazer algo mais,

do que ser.

zabritch


Saturday 27 October 2007

Sarcasmo

Sarcasmo é aquele pedinte
que pede de lado. Sarcasmo é
aquele pedinte que nao quer ser
visto a pedir. nem a vestir a pele
de pedinte, quanto mais. mas que
levanta a cabeca, olha e pede. mas
sempre na altura em que ninguem passa.
cai o pedinte seco, oco e velho no chao
por ter pedido para nao ser visto a
pedir, nem sequer por ele mesmo.

Sarcasmo, o nome do pedinte,
que vai mas que nunca volta,
sem pedir para nao ser visto
como um pedinte envergonhado.

passa um cao, sem fome e
come a carcassa do pedinte,
muito delicadamente, como quem
nao tem fome.
passa um cao, com fome e ja nem
uma meia do pedinte existe para
dar um pequeno consolo ao rico do pobre chao;
ao pobre chao que todos pisam e
que o mendigo nem isso soube por ser
seu filho, o sarcasmo mais pequeno, aquele que
agora passa na rua pelas meias do pai e
pensa que sao dum mendigo qualquer.
sem ter uma nocao pobre de que havia passado
um cao, que as tinhas devorado, com cuidado,
juntamente com o resto.

estranho as regras


quando a rua sobe e as aguas descem nao ha nada para reparar.elas vao direitas ao rio onde tudo nasce e a rua escolhe

bom

é bom ir por cima, por
isso nao seria obvio ir por baixo;
mas vou para saber ou poder conhecer
o que nunca alguem quis, por ser chamado
a de baixo. para que haver duas, se uma é
sem utilizacao? da me a mao e vai por ti.
eu nem em mim mando. nao te iludas, da me
a mao e vai por ti, mesmo que tenhas de largar
a mao que tens segura.

deixa estar que ela nao sai,
deixa la que ela vai estar. sem
mais demoras, aqui esta.
mas tu continuas a pensar nela.

I

argamassa

sasca o cismo,
casca com forca dentro do solido.
dentro da terra, doi por dentro
onde so doi o que doi; sasca o
cismo em tom de castigo como
quem chama por mais e que por
isso nao chama os demais.

solta o cismo a sua vontade,
como que nao pudesse ser a
vontade de outrem. solta o
cismo os berros de medo por
se sentir na terra mae;
mae de quem?

aos olhos dela nada ve e ela
nem o sente. ja mais alem,
alguem jaz, como se de um plano
se tratasse.

ha fugaz a mente que o trace.
ha fugaz a mente que o cubra
de vestes ate aos pes para que so
os joelhos se possam notar. mas nem
isso. so la vai, porque jamais se sente em
paz, o pobre rapaz, que alguem me lembra,
quando penso que o cismo sasca.

T

astes me poes,
astes me tiras ao por.
sem saber, tiras e poes como
quem se infiltra com o corpo
dormente. mas ja nao as sinto,
nem quando axo que mas poes.

sai da janela da aste um tiro direitinho
ao ceu, que quando la chega, olha
em volta e so ve as paredes do quarto da
aste.

astes me tiras
astes me poes ao tirar,
ao reparares, eu nao.
astes que me desiquilibram, mas
que a ti equilibram ainda mais do que
quando nao te apoias nelas. e janelas.

o

cabisbaixo me acordo,
cabisbaixo nao chego.
cabisbaixo nao vejo a arte da artimanha,
mas digo que nao a tenho por nao querer;
que se quisesse a tinha sem a perder.
mas nao. ando cabisbaixo, so a dizer.

o

agora ali, aqui fui eu
antes de chegar a uma conclusao,
disse o que me vinha com toda a
tesao. sai e fui mas nao voltei para
partilhar. sai e nao vi a porta por onde entrar.
mas la fui e ja ca estou, fora disto. onde
estarei, nao sei; nao sei quando nem onde,
mas sei que nao falharei em la estar.

-

=

Oh!Oh!!
alguem me viu?
alguem me viu passar?
alguem me viu fazer palhaçadas,
sem me lembrar do que isso
possa ser? alguem me viu ser,
por ai?

se sim, vao ao meu encontro e
sussurrem-me ao ouvido para
vir ter comigo aqui.

()

passa um ventinho deslizante,
enquanto no estendal, a roupa
abana. vejo-o com os olhos que
pensava serem meus, por isso
ninguem mo pode negar.

o que se pode negar é
que a roupa abana so quando
o vento passa sem poder abanar
quando bem lhe apetece...e que
os olhos sao meus e nao cada um de si.

_
diz me um amigo meu
que esta flor e linda,
mas entao nao percebo.
nao sei o que é linda,
sei sim que esta flor é
porque me posso sentir com
ela. todas as coisas que podem
ser ligadas a ela deixam de poder,
quando olho para esta flor e sinto
que ela é mesmo so esta flor.

~

o candeeiro da minha sala
quer falar comigo. eu nao o
consigo ouvir mas sinto um
barulho estridente e simultaneamente
sufucado, que me acorda para
o facto de que a sala nao pode ser minha
e que o candeeiro nao pode ter como
dona, a sala.

agora consigo rir-me com ele e
ele comigo por ter percebido
que aquilo de que estava eu convicto,
era uma aldrabice.

Ele diz-me que falar com ele,
faz com que a dona dele se chateie e
me mande daqui para fora.

*

isto é para as pessoas.
dirijo isto aqueles que
fazem planos sobre o
que nem a si proprio se planeia;
aqueles que sentem desilusao
por nao estar a acontecer,
como por eles planeado.

eu respondo-me ao perguntar-me:
como pode haver algo mais para alem
daquilo que é, se entre o que é e o
que ainda esta para ser, nao ha espaco
nem para um ponto viver?

por isso nao planeiem, porque isso é nao ser.

statifuni


estico a massa, com

toda a forca que chega,

mas em nada a massa muda;

estico e estico mas ela

nao estica nem um pouquinho.

estico-a para os lados, estico-a

para cima e para baixo.

mas a massa continua com o seu tamanho.


por muito que tente esticar,

a massa mantem sempre o

seu tamanho e forma.....

que estou eu a fazer?


ja vi que a esticar nao pode ser.

distraccoes

deixo os meus pensamentos,
por nao serem meus,
para os outros, nao preciso
deles para nadinha.
se pudesse ganhar algo em
os conceder, recusava.
nao quero esse peso de inconsciencia,
por saber o quao crueis eles sao.

ao fim ao cabo, ganho
algo; ganho tudo.
ganho o freco do mar,
ganho a simplicidade do ceu,
ganho a companhia de tudo o que
nao e meu; e eu sem nada ter.

e nao é pelo facto de os conceder
que ganho tudo, é somente por nao
lhes dar mais o privilegio da minha
atencao; por saber que me querem enganar,
nao os oico mais.

se tenho o poder da audicao
é para ouvir o chiar das ondas,
é para ouvir as historias, novamente,
nunca antes contadas pelos passaros;
nao para ouvir algo que me impessa de ouvir isso.

arltshiki

deus


uma pessoa diz:

"oh meu deus!"

como quem diz:

"inacreditavel!"

..em momentos nao pensados

e sentidos com toda a turbulencia,

a pessoa denuncia a sua

falta de crenca, sobre algo que nunca

presenciou; sem sequer ser noticiado

de tal facto.

Friday 26 October 2007


o leque

um leque, dois leques;
dois leques, um leque.
leque que ar nao da,
como nao o tira.Leque que
so vira.Leque que nao vira por virar,
mas por nao ser de um leque que
estou a falar.So de dois leques se fala.
E fala-se sem parar, como se leque fizesse
vento e tivesse para se preocupar.Leque nao.
So dois. E o leque que se preocupa nao
e nenhum dos dois; so enquanto um leque
esta com o outro; sendo so sobre dois que posso falar.
Mas nao falo.
Nem do leque, por nao saber como;
nem dos leques por nao dar.

+

Ar

ar entra e encosta,
ar esta e sobressai;
ar rejubila quando o sinto,
por nao saber eu o que ar é.

diz por ai, que ar ha,
diz que ar se movimenta,
mas quando sinto o ar ele
esta parado.
sera ar o que eu penso que seja?
porque deste que falo
nunca o vi refrescar,
nem nunca o senti rejubilar,
so pensando,...mas assim nao
sei onde anda, o que diz por ai,
que ar é.

*

Quando aqui me sento

quando aqui me sento,
consigo dizer coisas;
quando me sento aqui parece
que as coisas tem sentido;
sem sentido a vista,
parece me que sim.

Ja la dentro, tudo isto me
parecem cascas perdidas,
por nao ter sido la dentro
que as disse; mas parecem fazer
sentido agora que me saem;
mesmo dizendo que la dentro
me sabem a cascas perdidas,
que nao dao atencao ao que digo,
quando aqui me sento,
sem saber que vou falar.

e o bicho voa para onde esta.

o instante

Como foi bom aquele instante,
como foi não sei dizer,
só sei que lá estive e
que foi longo a valer.

Não sei se lá vou,
não se lá vou voltar,
Só sei que isso vai ser
enquanto estiver para aqui a falar;
eu o que deito, o que cá tenho dentro,
sai para ser, para ser como gente grande
e eu cá comigo fico, livre do que não tinha.
Ora pois cá fico eu, ora pois nunca cá estive.

Fico um momento na limpeza
porque mais não posso ficar.Fico limpo,
sim; fico limpo ao ficar e estou
limpo quando vou, até que dê tempo para
sujar.

Sai para fora, sai.
Sai para fora porque entrou.
Sai para fora mole e feio
por ter vindo a correr entrar,
agora tropeça, ao andar.
AI, ofegante é minha raíz quando
me desloco ao pensar...

*

Falo simples e natural

Falo simples e bem fácil,
para que todos possam receber e
para que eu possa saber que quem não entende
não é por não ouvir,
mas por viver no objectivo que estas palavras juntas
parecem querer atingir,
na minha percepção estranha.

*

Um

Quando desenho uma vírgula,
não é para valer, por só ter uma coisa a dizer.
Digo muitas mas é sem querer.
Não quero dizer paz nem igualmente amor;
Só quero dizer aquilo que tudo diz,
ao ficar calado.Encerrado por rouquisse.
Nem que mal perdesse se isto não continuasse a ser o que não deixo de sentir.

Distraido


Distraído da noite eu estou,

para o movimento que agora faço.

Sem pensar na noite, lá fora, sinto-a...

Por estar em movimento com ela.Bela.

Sim, menos bela é para mim, agora que falo dela.

Menos belo é o meu movimento que age sem direcção,

por estar com alguma pendente algures.Sem noção de direcção,

a noite vai onde vai;

não precisa de movimento,

porque acaba por ir e por vir sem seguir direcções.

E sentidos nunca mais.Bela.

o gato preto no quintal

O gato preto,
no meu quintal
adequa-se tão bem.
Sobe e desce a cerca castanha sem notar,
passa pela relva a cumprimentar;
passa por ela, sem nada pendente
e desparece derrepente.

Oiço um barulho vindo da cerca,
mas só isso.
Aquele gato nunca mais dei por ele.

Thursday 25 October 2007

Hoje descobri algo



Hoje descobri o que sou!


Sou algo que não sabe o que é.


*


Se eu soubesse


que um alien é


algo que não sabe ser,


pronto. Eu seria um alien.


Mas como não sei,


basta-me dizer que


sou um humano comum.





Porque saber ser,


nada mais é


do que não querer


ser mais nada,


do que se sente ser


quando se está com as coisas,


sem pensar nelas.

Ao olhar


Ao olhar para o tapete,

sensivelmente levantado,

sinto-me sendo ele. E logo penso ser ele

e logo acabo por falecer,

na forma do que nunca existi.

Então não faleço, adormeço.


Adormeço por ter pensado,

por breves instantes,

ter acordado

no tapete levantado.

A busca

A busca das coisas
Está em deixar de as procurar,
Está no encontrar,
Da mesma maneira que elas nos encontram.
Andassem elas também em nossa busca
e isto não seria isto,
por tudo deixar de ser,
para começar a procura.

A busca só serve para procurar o que não está, e o que não está, simplesmente não existe.

Tenho uma mensagem: desfaz te das mensagens, elas nao te pertencem


Sempre exitei bastante (demais) em passar a minha forma de ver as cenas, aos outros....mas tenho agora opurtunidade de o dizer e de dizer também que para alguém perceber o que quero dizer tem de me ouvir (ou ler o que escrevo) sem mais nada à volta, ou seja, sem estar a axar se é certo ou errado o que digo, quais poderão ser as minhas intenções, etc...se esse tipo de coisas entrar à mistura durante a leitura, não vão receber de modo algum o que tenho para partilhar com vocês...possivelmente vão receber algo mas isso não vem de mim, vem de diversos sitios, o que vai fazer com que nada se torne claro, sendo esse o meu objectivo ao passar isto. Todo o tipo de confusão é proveniente daquilo em que a nossa mente batalha e não da realidade, há que ter cuidado!
O que digo vem de mim e de nenhum lado mais...vem da minha "meditação", que partilho convosco por saber que vale a pena; que partilho convosco para que possam interiorizar e reflectir interiormente juntamente com o que sinto ser realmente meu....não meu do "andré que tem 18 anos", bla, bla...mas de mim como ser vivo, de mim como sou realmente e não de mim como, desde criança pequena, a sociedade tem tentado que seja. Eu sem referencias...porque não as tenho, todo e qualquer tipo de referencia que possamos pensar ter em relação a isto...nao passa de uma mascara que nos espetam na cara, para que este carnaval todo possa continuar sem nunca ser desvendado o artista que da vida a tal mascara.
falo vos a partir dos bastidores por isso não tenho nada para perder.

Wednesday 24 October 2007

Além mar




Além mar vejo terra,


vejo terra sem parar;


Além mar não vejo mar.


Salto logo para o que além há.


Ja não vejo terra, muito menos mar...


o além ofusca-me o olhar!




Armei-me para alguém, mas armei-me so para me desarmar;


Para tirar a flecha do arco que jaz na minha mente...

Quero sentir o mar!! Quero sarar, pa!!!


Sarar esta ferida que não é so uma nódoa negra.
Sarar nódoa negra desbastada que tanto dói...
Não há creme, não ha pomada para a sarar.
Sinto que nunca havera....só há mar sem além...
Que me tenta, com um sopro macio, acordar...
Que me puxa o olhar, devagar e me segreda algo a alma,
Num tom aveludado, num momento em que
Ninguem esta a prestar atencao:
"Só se pode 'estar em mim', meu amor...e ao estares,
Estas assim fora de todas as preversidades humanas..."
Como se me puxasse rapidamente, de dentro de uma sala
Sem plantas nem flores, mas cheia de abelhas, suas colmeias e um
Cheiro a mel demasiado forte para mim;
Como se, ao puxar-me la de dentro, eu atravessa-se a parede
Como quem rompe, sem modos, pelo meio de uma multidao
So para se poder afastar dela...
...Por fim pedindo desculpas a si mesmo por
Se ter traido a si mesmo la no meio do 'mexilhao'
Por tantos momentos, sem interrupcao...
Encaminha-me entao o mar, como uma onda leve de sinceridade:
"Va, aceita as tuas desculpas, aprende com o sucedido em vez de te condenares...ou preferes ir de encontro aos rochedos inclinados?...sabes que o mais certo e seres despedacado sem mais porques, deixando um pouco do teu sangue imprimido na pedra... Talvez mais tarde membros de algum furioso inscrevam o seu sangue por cima do teu...mas que importa isso? Uma historia nao passa de sujidade se em nada te puder tocar...Enfim! Levo-te onde quiseres, meu amor..."
Desde sempre, esta foi a unica onda que me abalou ao mesmo tempo que me encaminhou...aiai...
"E nunca deixes que isto te passe ao lado:-recomeca o mar, num tom em que nunca o tinha ouvido, deixando toda a gente ouvi-lo, desta vez - aquele que fala sobre mim, por muito profundo que fale, faz parte daqueles que ainda me observam de terra!"
E assim, oico toda a gente a mergulhar num silencio que perfura esta onda...- Delicadeza.

A Dor, a Nodoa, a Rocha - sao as tres a mesma - A Nossa Salvacao!...e ela que nos diz por onde desliza o mar..."E para todos os lados, excepto nesta direccao, nao sejas fingido, sabes que estou aqui. Olha que nada e em vao."