Friday 25 December 2009

Cada um usa a sua técnica e um deus usa a técnica de todos. O truque é ser-se feliz!

Saturday 19 December 2009

É quando a minha felicidade desliza toda pela minha percepção sem tomar atenção que sinto que são os rochedos que me fazem sentir acordado - os rochedos do meu riacho interior...e é quando olho para o teu céu e o sinto a descer para cima de mim que o meu arco-íris aparece em mim e me faz renascer...o teu céu é o meu melhor amigo...é ele que me ensina de novo, a cada momento, que sonhar é amar e que amar é querer viver...

Tuesday 1 December 2009

Palpitando

Sentindo o palpitar fluorescente do meu coração,
Levantei-me, meti o guião em cima do sofá
E, usando a minha imaginação desprendida,
Deslizei até à cidade mais próxima;
Com raios de luz e bolas de luz cor-de-rosa suaves
Comecei a fazer movimentos lentos com a cabeça
Até que me surge uma avenida repleta de movimentação
E dou por mim a observar tudo aquilo, com grande admiração -
Sem tempo para pensar, ao olhar para o lado, vejo um comboio
Infinito a recuar - recuando para sul.
"Tempo de voltar, Tempo de voltar!!" - ouve-se alguém nesta ruas a apregoar.
"Tempo de voltar! Tempo de voltar!!", com insistência tal que me faz descansar.
Os passeios estendem-se ao comprido e são espezinhados
Pelos inocentes humanos - alunos da vida, trabalhadores. -
Caminham cortadamente pela noite para chegar a suas casas,
Onde apagam as labaredas da fricção do seu dia com palavras meigas e mansas dores.
Onde o tempo não tem razão nenhuma...
Onde o único alívio é o rugido do mar interior,
O seu recorte, a clássica espuma. O tempo não tem razão aqui.
Derrepente reparo como a noite aperta tudo nas suas pomposas dimensões
E vejo um gato negro atravessar um jardim escasso;
Sobe-me um arrepio molhado à espinha dorsal,
Que percorrendo as paredes baças de cada vértebra devagar
Acaba por não me fazer mal nenhum.
Arrepio que puxando a minha dor para um ponto só,
Entranha-se naquilo que eu estou a observar
Como o som de cornetas num desfile de carnaval.
É-nos dada a canela depois de,
Empoleirada na perna da mesa,
A divina criança ter roubado o açúcar e o sal.