Wednesday 25 November 2009

Com raios de luz translúcida, chuvinha prateada
E eu no conforto do lar, observo um grupo vasto de pessoas,
Lá em baixo na baía, suavemente a dançar;
Ao observá-las pela janela,
Sinto uma certa nostalgia no ar.
Começam a surgir lembranças embaciadas
Nas janelas da minha memória;
Uma roda gigante cheia de pessoas
Em que cada uma delas conta uma parte
Da minha história.
Encosto-me para trás,
Na cadeira onde estou sentado.
Podia ir despachar as coisas mas
Não estou preocupado;
Fecho os olhos lentamente e
Usando a respiração como toalhete
Limpo-me com cuidado.
Sem obsessões - Levemente focado.

Abrindo os olhos,
Olho à minha volta e
Tudo ali parece mais presente...
E ao notar que, entretanto,
Alguém tinha entrado
A minha cabeça move-se livremente
Em direcção à pessoa antes que os olhos
Pensem sequer em olhar de lado.

E quando as janelas embaciarem de novo,
Vou desembaciá-las com a manga da camisola - de novo...
Ou até mesmo escrever um poema com o dedo.
Adoro fazer isto!

1 comment:

Rita Martins said...

o que te embacia a janela?